Brasil Top 5 destinos para o inverno

Junho, julho, agosto. O friozinho no Brasil não dura muito. Mas é tempo suficiente para curtir um fondue, aproveitar vinhos e queijos, e sair às ruas com cachecóis e botas.

Para quem não se animou com o nosso roteiro neve, preparamos essas dicas com cinco sugestões para um final de semana ou férias de inverno!

Campos do Jordão

Destino já tradicional, especialmente para os paulistanos, localizado na Serra da Mantiqueira, os turistas que escolhem a cidade têm como opções parques, grutas e passeios de trem. O Palácio do Governo, o Auditório Claudio Santoro e o Horto Florestal são algumas das principais atrações da cidade.

Os amantes da música erudita podem participar do Festival de Inverno, que está em sua 43ª edição e tem programação durante quase todo o mês de julho. Já para os aventureiros, A Pedra do Baú, que fica no município vizinho de São Bento do Sapucaí, é o espaço certo para apreciar a beleza natural e também para praticar esportes como caminhada, asa delta e mountain bike.

Serra Fluminense

Os tradicionais destinos cariocas Petrópolis, Teresópolis e Nova Friburgo guardam a história brasileira em seu relevo montanhoso. Junto com o friozinho, você pode conhecer histórias de um Brasil que tinha príncipes e outros nobres. O Palácio Quitandinha é um exemplo disso e fica localizado no Centro Histórico de Petropólis, que tem outros atrativos como Catedral São Pedro de Alcântara, Avenida Koeler, Palácio de Cristal, Museu Imperial, Casa da Ipiranga e Relógio de Flores.

Visconde de Mauá é outra cidade do estado do Rio de Janeiro que atrai turistas no inverno para aproveitar seus picos, chalés e cachoeiras. A região é composta por três vilas.

Em Minas: Monte Verde e Lavras Novas

Monte Verde, no sul de MG, é conhecida como a Suíça Mineira. O município foi premiado em 2008 e 2009 como melhor destino de inverno do Brasil e como cidade mais romântica, segundo o site Viajeaqui e pelo Guia Quatro Rodas da Editora Abril. A praça típica mineira com seu coreto e igreja é o ponto de partida para a Rua da Mantiqueira, o Chapéu do Bispo, o Pico do Selado, a Avenida das Montanhas e as pedras Partida e Redonda.

Mais pertinho de Belo Horizonte, Lavras Novas tem serras, mirantes, cachoeiras, parques, represa, artesanato e esporte.

Festivais de Inverno animam várias cidades mineiras como as históricas Diamantina e Ouro Preto.

Curitiba

Na capital mais gelada do Brasil, o friozinho vai além do inverno. Em abril, os termômetros já começam a baixar e os cachecóis e botas estão nas ruas até outubro. A cidade paranaense é um pólo gastronômico e tem delícias de todos os cantos europeus como Polônia, Itália, Alemanha e Ucrânia. Tudo isso em uma cidade bem cuidada, cheia de parques e bosques.

Santa Catarina e Rio Grande de Sul

Quem vai rumo à Região Sul, pode até esperar por neve sem sair do Brasil. O gelo, a geada e a paisagem branquinha são os principais atrativos de São Joaquim (SC), que conta também com uma riqueza cultural muito grande, devido à diversidade dos povos que participaram de sua ocupação.

Ainda na serra catarinense, Urubici (SC) combina canyons, florestas e montanhas com aventura: é possível fazer descida de rapel, tirolesa, canoagem, cavalgadas e caminhadas por trilhas com variados graus de dificuldades.

Já no Rio Grande do Sul, as tradicionais Gramado e Canela são um complexo turístico preparado para receber de crianças a adultos. Aldeia do Papai Noel, Mundo a Vapor, Mini Mundo, Catedral de Pedra, Parque do Caracol e Lago Negro são alguns dos atrativos da região que também tem vinhos, queijos e muito chocolate.

Agora é só reunir a família ou arrumar uma boa companhia para desfrutar dessas programações.

As conversas de Miuccia Prada e Elsa Schiaparelli

Finalmente estive na exposição “Impossible Conversations”, exposição que gira em torno da simulação de uma conversa entre Miuccia Prada e Elsa Schiaparelli, no Metropolitan Museum of Art, em Nova York. Fantásico, genial! Cheguei a dar risada sozinha assistindo os vídeos e me arrepiei ao ver as peças expostas.

Duas estilistas de épocas muito diferentes, Elsa (1890 -1973), e Miuccia Prada que segue criando peças fantásticas para marca que herdou, discutem sobre a vida e a moda em vídeos montados por Baz Luhrmann.

As duas nasceram na Italia, Schiaparelli em Roma em 1890 e Prada em Milão em 1949. As duas eram de famílias antigas e conservadoras e as duas foram as ovelhas negras da família desde muito cedo. Schiaparelli chocou seus pais ao escrever poemas sobre sexo e conseguir um trabalho como babá em Londres.

Elas iniciaram suas carreiras tarde equase por acidente. Morando em Paris e sem conseguir achar roupas que apeteciam seu lado teatral, Schiaparelli começou a fazer suas próprias peças. Miuccia Prada, depois de herdar o negócio de bagagens da família, começou a desenhar bolsas, depois sapatos e todo o demais.

A exposição foi toda inspirada pelo artigo de Miguel Covarrubias para a Vanity Fair, em 1930, chamado “Impossible Interviews”, que mostrava conversas entre as celebridades da época. Em uma das conversas montadas, Schiaparelli discutia moda com o truculento Stalin (imagina que engraçado)!

O diretor dos vídeos, Baz Luhrmann quis mostrar como duas mulheres tão diferentes exploram temas tão parecidos ao criarem suas coleções. Fiquei de cabelo em pé ao ver as peças das duas, lado a lado no museu e como as criações da Prada se parecem com a moda de Schiaparelli. Sapatos, colares, terninhos, vestidos, chapéus, as duas não se importavam com tendências e criavam sem se importar com a reação da mídia ou do público e tudo isso você vê através das 100 pecas de roupas e 40 de acessórios das duas estilistas  expostas no museu.

O material está dividido em 7 galerias mostrando as seguintes tendências: “Waist up/Waist down“, “Ugly Chic“, “Naif Chic“, “The Classical Body“, “The Exotic Body“, e “The Surreal Body“. Como um exemplo das ideias controversas das duas, a exposição mostra com peças reais o fato de Schiaparelli dizer que as mulheres que admirava na sua época eram encontradas em restaurantes e cafés sentadas as suas mesas e por isso a estilista considera mais importante a roupa que se vê da parte de cima do quadril o waist up. Já Prada que viveu a era hippie e a revolução sexual, foca mais na parte de baixo do corpo da mulher, waist down.

Eu sabia que a exposição no The Metropolitam Museum of Art  seria maravilhosa, só não pensei que veria tanta coisa interessante como o chapéu em forma de sapato de Elsa e o tênis em forma de Cadillac de Prada.

“Eu nunca pensei que as pessoas gostariam de usar roupas com macacos e bananas. Me fez entender melhor as pessoas e o quanto estão dispostas a ousar. Moda ė uma incrível ferramenta para entender as pessoas, para entender o mundo”, diz Prada em uma das muitas conversas da exposição.

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